Como ter peticao inicial pronta

01/03/2019

Já parou para pensar o que uma petição inicial necessita ter para ser excelente?

peticao inicial pronta

Vamos ver?

1 – Preparação e planejamento

Ao longo dos meus quase 15 anos de advocacia, aprendi que antes de redigir uma petição inicial é essencial preparar, montando a estratégia para a peça.

Estude muito o caso ocorrido pelo cliente, rascunhar os pontos principais da petição, no papel ou mentalmente, traçando uma estratégia processual bem estipulada, inclusive já apontando os possíveis fundamentos na lei e consequencias esperadas.

Partir para a escrita sem passar por essa etapa é correr o risco de ter um requerimento sem ter um norte, o que causa uma gigantesca perda de tempo e, consequentemente, de dinheiro também.

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2 – Levantamento do direito processual e material

Para levantar os fundamentos jurídicos, uso uma dica simples: abro um arquivo de texto separadamente e coloco ali diversos os aspectos jurídicos a serem analisados.

Artigos da lei material processual (CPC, art. 319), doutrina específica, jurisprudência enfim, tudo que for útil e importante.

E a medida que escrevo, vai “tickando” cada um dos itens. Isso faz com que minha mente tem consciência, inclusive, que o requerimento está se concretizando, isso mantém o foco e aumenta ainda mais energia para prosseguir, pois sabemos que, ser produtivo também é importante.

3 – pedir e requerer:

Você pensa que na atual condição do Judiciário, o juiz tem como ler atentamente todas as peças que aparecem ao gabinete?

E qual a reação espontânea?

Vai direto para os requerimentos e pedidos.

Qual o motivo?

Por uma razão simples: é lá que se encontra (ou pelo menos deveria morar) a pretensão jurídica.

Só depois, é que se parte para os sucedidos e fundamentos jurídicos.

Acha ruím isso? Todavia é a realidade, dessa forma temos de encará-la.

Por isso, capriche nos seus pedidos.

Veja se você elencou todas as necessidades ou todos os desejos do seu cliente, em termos jurídicos.

Além disso, não deixe os requerimentos para trás, eles também são importantíssimos (e o novo CPC tem novidades sobre esse assunto, como, por exemplo, o inciso VII do art. 319!).

4 – Objetividade, Concisão e clareza

Hoje em dia, tudo é muito ligeiro, dinâmico, o tempo corre.

Terminou a época da advocacia tradicional e manual em que o advogado escrevia 30 ou 40 páginas numa peça inicial recheada de repetições e “juridiquês”, além dos termos em latim.

Hoje quanto mais objetiva e direta for a petição inicial, melhor será, inclusive para você como advogado, que terá uma maior empatia do juiz e terá as chances de que sua petição seja realmente lida.

Não quero falar que a norma culta deva ser abandonada.

Escrever corretamente continua sendo primordial.

Mas os excessos e os rebuscamentos devem ser eliminados.

Ser mais preciso, usar frases curtas, ser diretos, além de mostrar que sabe escever, ajudará com a qualidade da linguagem e da expressão de ponto de vista dentro da peça.

5 – Revisão e leitura crítica

Revise antes de enviar, aquilo que foi redigido anteriormente, isso elimina as chances de deixar de lado pontos essenciais.

Nossa mente percebe mais e processa melhor os dados dessa maneira.

reler de novo um texto que feito há um ou dois dias, surge aspectos novos sobre o assunto.

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